quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023

História dos Bairros de Moreno-PE

 Por James Davidson



A cidade do Moreno completará no ano de 2028 100 anos de emancipação política. Surgida inicialmente como um pequena arraial, nas terras do antigo Engenho Catende, a Cidade do Moreno cresceu a partir da sede da Fábrica de Tecidos da Societé Cotonniére Belge-Bresilienne - SCBB - inaugurada no ano de 1910. Como demandasse bastante mão de obra, a empresa construiu várias vilas operárias e moradias para seus empregados e funcionários, fazendo surgir ao seu redor a então chamada Vila Nathan (cujo nome fora dado em homenagem a um de seus acionistas), posteriormente denominada de Vila de Morenos. A cidade do Moreno, portanto surgiu de forma planejada pelos arquitetos e engenheiros da Société Cotonniére que projetaram as primeiras ruas e os primeiros bairros da zona urbana. Posteriormente, surgiram loteamentos e outras formas de ocupação territorial, dando origem a vários bairros e comunidades existentes até hoje. Uma análise da evolução urbana de Moreno permite constatar portanto três fases distintas de ocupação:

 Fase 1 - Cidade Planejada (1910-1940) - Constitui o núcleo original da Cidade do Moreno, formada pelos bairros planejados originalmente pela SCBB. Abrange os bairros do Centro, Cambonge, ABC, Pedreiras, parte da Mangueira, parte do Parque dos Eucaliptos e o bairro de Fernandes Vieira. 

Fase 2 - Loteamentos Urbanos (1950-1990) - Constituem os bairros que surgiram a partir de loteamentos urbanos, seja por iniciativa da prefeitura, seja pelo próprio Cotonifício Moreno. Nesse caso, algumas áreas antes ocupadas por plantações de eucaliptos foram separadas e destinadas a loteamentos. Ex: Alto Santo Antônio, Liberdade, Alto da Maternidade, Bela Vista, Nossa Senhora da Conceição, etc

Fase 3 - Expansão urbana (1990- ) - Nessa fase, passou a ocorrer o adensamento urbana, ou seja, o preenchimento dos lotes e espaços vazios nos bairros já existentes, e o início do fenômeno da verticalização, com o advento de edifícios residenciais de vários andares. Outro fenômeno foram as ocupações de terrenos ociosos pertencentes ao Cotonifício Moreno, dando origem a comunidades populares tais como Galinha D'água, Alto das Estrelas, Alto da Catita, Córrego do Penoso, etc. Também surgiram nesse período alguns bairros planejados como a Vila Holandesa e a Vila Miguel Arraes.

Vejamos agora um pouco da história dos bairros do Moreno:

Centro – Abrange o núcleo inicial do Engenho Catende, compreendendo toda a região comercial da Avenida Dr. Sofrônio Portela e ruas vizinhas. Antes da instalação da fábrica de tecidos, havia apenas poucas casas na área, remanescentes do engenho colonial, como afirma João Carneiro da Cunha (Cunha, 1977). Em 1907, com a implantação da indústria, o cenário rural mudou completamente, expandindo-se na direção leste (Nove Mil réis), oeste (Rua do Comércio, Cambonge) e norte (Pedreiras e Mangueira). 

É no centro onde se encontram a principal zona comercial do Moreno, a Igreja Matriz de N. s da Conceição, a sede da antiga SCBB (Cotonifício Moreno), a Praça da Bandeira, Câmara de Vereadores, Mercado Público Municipal e a antiga Estação Ferroviária.



Cambonge – Este bairro remete também aos antigos tempos da fábrica de tecidos da SCBB, tendo suas primeiras casas sido construídas por essa indústria. Fica localizado a oeste do Centro, no entorno do final da Avenida Dr. Sofrônio Portela, partindo da esquina do Colégio Baltazar Moreno até o final da zona urbana. Todo esse trecho, segundo Sevy Rocha, era chamado no passado de “Estrada da Rodagem” (Rocha, 1974). O nome Cambonge é de origem incerta. Provavelmente vem do francês “Cambodge” que significa “Camboja”, devido à influência belga em Moreno. Todavia, a relação desse termo com a localidade nos é desconhecida.

Na Cambonge encontra-se a Praça Agamenom Magalhães, inaugurada em 07 de setembro de 1953, defronte ao Colégio Baltazar. Ali também está a Praça da Paixão, inaugurada em 2008, onde é realizada a Paixão de Cristo de Moreno. Também se encontra no bairro o Clube Palmeiras. Funcionou por muito tempo no bairro o antigo INPS, em um antigo prédio, atualmente destruído, que ficava localizado defronte ao restaurante “A Palhoça”. Muitas casas do bairro ainda conservam seu estilo arquitetônico original, caracterizado por cumeeira longitudinal, em teto com duas águas, inspiradas na arquitetura belga. No trecho em frente ao Clube Palmeiras essas residências formam um aspecto bem peculiar.


Parque dos Eucaliptos – É outro bairro cuja origem é contemporânea aos primórdios de Moreno. Surgiu a partir da expansão do centro na direção noroeste, inicialmente pelas ruas 10 de novembro, Santos Dumont, 21 de abril e vizinhas. 

Através de fotografias antigas, é possível perceber que, até a década de 1950, havia poucas casas dispersas no bairro, exceto a rua 10 de novembro, onde estava a Vila Operária. Parte desse bairro, na área localizada junto à BR 232, chegou a ser conhecido como “Mucuim”, nome que com o tempo foi caindo em desuso. A origem do nome “Parque dos Eucaliptos” é em virtude da presença dessa árvore australiana, notadamente no Alto do Pavão, um dos morros da localidade que ainda preserva remanescentes das antigas plantações de eucaliptos. O bairro cresceu muito nas últimas décadas, principalmente por conta da proximidade com a BR 232.



Pedreiras – Um dos bairros mais antigos da cidade do Moreno, que fica localizado ao norte do Centro, acima da sede do Cotonifício Moreno. Sua denominação faz referência à uma antiga pedreira existente no local, datada da época do Engenho Catende, e utilizada para a construção da ferrovia. Teve origem a partir da expansão da Vila Operária da SCBB, pelas ruas Vidal de Negreiros, Quintino Bocaiúva, da Cachoeira e outras vizinhas. 

A partir de fotografias das décadas de 1910 e 1920, já é possível perceber o povoamento da região, com casas construídas pela fábrica. Destaque para a presença do Cemitério das Verdes Colinas, inaugurado em 22 de outubro de 1922, a escola Argemiro Nepomuceno (1967) e do Parque Municipal 30 de junho. Segundo Sevy Rocha (1974), a Praça das Pedreiras foi inaugurada em novembro de 1960, durante a gestão de Argemiro Nepomuceno.

A partir da década de 1990 ocorreu a expansão norte do bairro, para a região denominada de “Córrego do Penoso”. Todavia, a área tem sofrido questões judiciais em virtude da posse do terreno da propriedade. No bairro das Pedreiras ainda se encontram casas antigas, com teto em 4 águas, na Rua das Pedreiras e da União, e casas com tetos em duas águas na rua Vidal de Negreiros. Todas construídas nas primeiras décadas do século XX.



Mangueira–Assim como o bairro das Pedreiras, este bairro é contemporâneo ao início da cidade, tendo sido parte construída pela fábrica da SCBB. Deve datar, portanto, das décadas de 1920 e 1930. Possuía originalmente poucas casas, mas com o tempo foi se desenvolvendo a partir da aquisição de novos terrenos junto à SCBB. Ainda se conservam algumas residências dessa época no bairro, com teto em 4 águas numas ruas, e com tetos em duas águas em outras. Segundo Sevy Rocha (1974), já existiu nesse bairro uma “Sociedade Beneficente das Crianças” que realizava espetáculos artísticos, no ano de 1933 (Rocha, 1974). Também existe o Clube Madureira, cuja sede ainda se mantém, localizada na rua 14 de julho.



Bela Vista – Dos bairros localizados próximos ao Centro, este é o mais recente. As terras do atual bairro da Bela Vista pertenciam originalmente ao Sítio Camundá, integrante do Engenho Catende. Este sítio veio a pertencer ao Coronel Zeca Costa, no início do século XX. Posteriormente é vendido à SCBB. Ali existiu, por muito tempo, plantações de eucaliptos, como é possível observar através de fotografias antigas da cidade. 

A partir do final da década de 1980, teve início o loteamento das terras da Bela Vista. Assim, já na década de 1990, surgiu o bairro, com casas requintadas e habitadas por pessoas de melhor renda. Também foi instalada, na década de 1990, a Escola Municipal Helion Veras Ramalho, atualmente transformada num posto de saúde. O nome Bela Vista deve ser referência à vista que se tem a partir do alto do morro da localidade. O bairro é atravessado pelo Riacho Cachoeira, em sua parte mais baixa, antes de desaguar no Rio Jaboatão.



Alto Santo Antônio – Este bairro teve origem no final da década de 1940 e início da década de 1950, a partir da ocupação de terras da SCBB, com intermediação da prefeitura. Marcou o avanço do crescimento da cidade na direção leste. Chamava-se inicialmente de Bairro “John Tattersall”, em homenagem a um dos gerentes da fábrica de tecidos. Em 1950 houve a inauguração da Capela de Santo Antônio, padroeiro que com o tempo foi estendendo o nome para todo o bairro. O prefeito Antônio de Lemos (1947-1951) foi um dos grandes incentivadores do povoamento dessa área.

Alto Santo Antônio pode ser considerado o primeiro a ser construído na cidade fora do projeto da Vila Nathan. Possui também a Escola municipal Áurea de Cunha e Souza, construída no final da década de 1970 em substituição à Escola Richard Tattersall, que funcionava mais em baixo, na avenida. A partir de 2006 o bairro cresceu a partir da construção da Vila Holandesa. No Alto Santo Antônio ainda se conservam algumas residências contemporâneas à época de sua fundação, notadamente nas ruas Monte Castelo e Rua Paraguai.


Fernandes Vieira – É um pequeno bairro localizado entre o Alto da Maternidade e a Bela Vista, em área plana. Abrange as ruas Artur Mendonça, Djalma Vasconcelos e Fernandes Vieira, bem como outras ao redor. O nome vem da Rua Fernandes Vieira que acabou estendendo o nome ao bairro. Nesse bairro está a Escola Estadual Artur Mendonça, o Sesi, o Sindicato Rural e o antigo IAA – Instituto do Açúcar e do Álcool (atual secretaria de saúde). Sua origem é antiga e deve remeter à expansão da zona urbana da cidade, na década de 1930, realizada pela fábrica de tecidos.


Alto da Maternidade – Este bairro está localizado logo no início da Cidade, pelo lado esquerdo da Avenida Cleto Campelo. Era denominado originalmente de bairro Cleto Campelo, mas a maioria denomina de Alto da Maternidade, em virtude da presença da Maternidade Estadual Armindo Moura. A maternidade foi inaugurada em 1960, abrindo espaço para o início do povoamento da área.

Anteriormente, no Alto da Maternidade, havia uma floresta de eucaliptos da antiga SCBB, cujo aroma era transportado pelo vento leste para toda a cidade do Moreno. Na década de 1960, porém, o local foi dividido em lotes e distribuídos para moradores, dando origem ao atual bairro. Nele veio a ser construída também a Capela de São Cristóvão e a Escola Sevy Rocha, ambos inaugurados no início da década de 1990.


Vila Miguel Arraes – O mais recente bairro da Cidade do Moreno. Suas casas foram construídas pelo governo estadual, em terreno obtido à prefeitura Municipal de Moreno, que no passado pertencia ao Engenho Bom Dia. As casas contaram com recursos do Governo Federal. Sua inauguração ocorreu em 29 de maio de 2013, com a participação de várias autoridades, como o Governador Eduardo Campos e o prefeito Adilson Gomes. Ficou mais conhecido pelo nome de “Capadócia”, em virtude da influência de uma novela de Tv.


Vila Holandesa – Popularmente conhecido como “Quilombo”, este bairro teve origem da seguinte maneira: Em 2005 ocorreu uma terrível cheia do Rio Jaboatão que deixou centenas de pessoas desabrigadas. Sensibilizado com a situação, o bicampeão Rivaldo, jogador pernambucano de futebol, doou recursos para a construção de casas para os desabrigados, em lugares fora do risco de enchentes.

Com o atraso da entrega das casas pela municipalidade, porém, em 2006 houve a invasão de parte das casas por moradores locais, muitos deles não cadastrados. Posteriormente, as casas foram entregues, mas a população local continuou sofrendo pela dificuldade de acesso, pela ausência de transporte e distância em relação ao centro de Moreno. O nome Vila Holandesa é em virtude de o governo holandês ter financiado a construção de 120 casas do conjunto, as primeiras a serem entregues à população. 


Tamboatá- Este é provavelmente o bairro mais antigos da outra margem do Rio Jaboatão. Desde pelo menos 1915 já existia a denominação de Tamboatá, segundo matéria do Diário de Pernambuco datada de 22 de março de 1915. As primeiras casas dali existiam desde a época do Engenho Catende, por ser o caminho de passagem rumo aos engenhos Bom Dia, Jardim e Carnijó. Outras foram construídas pela fábrica de tecidos, na época do início da Vila Nathan, conforme atesta a tipologia de algumas residências ainda existentes no local. Até a década de 1940, ainda consistia de poucas casas, mas o bairro ganhou incremento com o povoamento do vizinho bairro do “Matadouro”, a partir de 1950, e do João Paulo II, na década de 1980.

Em 1966, o bairro do Tamboatá assistiu a inauguração da Incelpa, com a presença do então Governador Paulo Pessoa Guerra. A Praça do Tamboatá recebeu o nome de “Praça Coronel Francisco Antônio, em 17 de dezembro de 1928 (Rocha, 1974). Este bairro teve no passado o Clube São Cristóvão, agremiação de destaque do futebol morenense no início do século XX. O nome Tamboatá faz referência a uma espécie de árvore nativa da Mata Atlântica.


N.S de Fátima – Este bairro está localizado na margem direita do Rio Jaboatão, entre os bairros do Tamboatá e de N.s da Conceição. Também é conhecido como “Matadouro”, porque ali existia o antigo matadouro municipal de gado de corte, inaugurado pelo prefeito Antônio Pereira do Nascimento, em 1947. O bairro, porém, somente surge na década de 1960, com o loteamento da área.

No dia 6 de novembro de 1953, a prefeitura, sob a gestão de Ney Maranhão, desapropriou 60 hectares da SCBB, pelo valor de Cr$ 1.089.152,00 no entorno do matadouro, com a finalidade de habitação popular. Em 1961 foi realizado o planejamento das ruas do bairro, cujo nome passou a ser N.S de Fátima, em virtude da Capela levantada anos depois. Nesse bairro se encontra o atual Hospital Beiró Uchoa, inaugurado na década de 1980, a Escola Municipal Otoniel Lopes e o tradicional Clube Vila Nova.


N.S da Conceição – Localiza-se este bairro no canto leste da cidade, na margem direita do Rio Jaboatão, nos limites com os engenhos Bom Dia e Carnijó. Sua ocupação veio através do loteamento da área, a partir do final da década de 1980, por iniciativa do Cotonifício. Seu nome é em homenagem à padroeira da Cidade do Moreno, N.s da Conceição. 

O bairro sofre com as cheias do Rio Jaboatão, que separa a localidade dos bairros vizinhos – Alto da Maternidade. Possui capela dedicada à N.S da Conceição, a Escola Municipal Alta de França, construída no início da década de 1990, e a comunidade do Córrego José da Bica. No local também se encontra o terminal rodoviário da Borborema.


Liberdade – O bairro da Liberdade está localizado em grande parte sobre uma colina, onde havia anteriormente, de acordo com antigas fotografias, plantações de eucaliptos da SCBB. Outra parte mais antiga fica na margem direita do Rio Jaboatão, onde há a Rua da Liberdade e a Ponte de Santa Maria, ponto inicial do povoamento da área. Em 1958 é inaugurada na localidade a Cadeia Pública municipal, também chamada popularmente de “Brasília”.

Durante a gestão de Ney Maranhão (1959-1963) é desapropriada uma grande área do Cotonifício e dividida em lotes para a habitação popular. Surgira assim o bairro da Liberdade, cujo nome vem da Rua da Liberdade, que já se chamava assim, desde o início do século XX. O povoamento dessa área vem a partir da década de 1960, intensificando-se na década de 1970. No local funciona a Escola Municipal Noemi Guerra, construída no início da década de 1990, e a Igreja Evangélica Congregacional de Moreno. No bairro também funcionou por alguns anos o Fórum do município e a escola particular João de Deus, posteriormente transformada num CEMEI pela municipalidade.


João Paulo II – O bairro de João Paulo II está localizado entre os bairros do Tamboatá, da Liberdade e da Cohab. Portanto, João Paulo II é um dos bairros da margem direita do Rio Jaboatão. As terras do atual bairro de João Paulo II constituíam originalmente florestas de eucaliptos da Sociètè Cotonnière e resquícios de Mata Atlântica.

Com a desapropriação das terras da Liberdade e da Cohab, esse território também viria a ser destinado pelo governo para a construção de moradias. Porém, inicialmente foram construídas apenas casas na Liberdade e na Cohab. Com isso, na década de 1980, a população ocupou o terreno, reivindicando o povoamento da área e construindo casas por conta própria. O nome do bairro vem do Papa João Paulo II, que visitou o Brasil pela primeira vez em julho de 1980.


Cohab – Vila Liberdade – O bairro da Cohab ou Vila Liberdade, como também é conhecido, foi construído em terras desapropriadas ao Cotonifício Moreno, no final da década de 1970. A área era antes coberta por matas e alagadiços, sendo cortada pelo Riacho Jacaré, afluente do Rio Jaboatão. A Mata da Onça também se estendia pelo local, sendo anteriormente comum ali a presença de várias espécies nativas da fauna e da flora.

No início da década de 1980 começaram a ser entregues no local as casas, financiadas pela Cohab-Pe. Daí a origem do nome do bairro, que surgiu como um projeto de habitação popular pelo estado. Posteriormente, nas vizinhanças, vieram a ocorrer ocupações em terras do Cotonifício Moreno, junto à Mata da Onça, no local conhecido como Alto das Estrelas.


Olaria/ Cercado Grande/ CSU – Esses bairros estão localizados no canto sudeste da Cidade do Moreno. Antigamente, pelo bairro da Olaria, havia um antigo caminho que conduzia aos engenhos Viagens, Mato Grosso e Floresta. No local também existiu uma olaria que pertencia a Umberto Nardelli, vindo daí a sua denominação. O bairro cresceu principalmente a partir da década de 1970, acompanhando o crescimento dos vizinhos bairros da Liberdade e do ABC.

No final da década de 1960, o prefeito Raul Alves de Melo inicia na região a construção de um ginásio industrial, que nunca foi concluído – Ginásio Industrial Constâncio Maranhão. O local acabou sendo então ocupado por famílias em busca de moradias. Também foi construído no local um Centro Social Urbano, no final dos anos 1970. Daí o nome de CSU para o bairro. Já o nome Cercado Grande vem do fato de ter havido ali uma grande cerca que marcava os limites das terras do Cotonifício com os engenhos vizinhos.


ABC – Este bairro tem origem muito antiga, dos primórdios da cidade do Moreno. Em 1 de abril de 1916, a fábrica de tecidos inaugura a Ponte de Santa Maria, permitindo a expansão da Vila Nathan pela outra margem do Rio Jaboatão. Por isso, esse bairro também é chamado de Santa Maria pelos mais antigos, em seu trecho inicial, na encruzilhada dos acessos para os bairros do ABC, Liberdade, Olaria e CSU.

Entretanto, foi a partir da década de 1930 que surge o ABC propriamente dito, com casas projetadas pela fábrica naquela área, como sugere a arquitetura de muitas residências antigas que existem no local. Fica localizado na outra margem do Rio Jaboatão, a partir da Ponte Santa Maria. Posteriormente, vem a denominação “Abc” ou Rua do Abc, por serem as casas identificadas por letras. No início dos anos 2000 surge a comunidade da Galinha D’água, no trecho final desse bairro, nome de um antigo campo existente no local.


INABI ou N.S das Graças – Situado afastado da cidade, junto à BR 232, constitui um aglomerado de poucas ruas, a nordeste da sede. Sua denominação vem do fato do loteamento ter sido construído pela imobiliária Inabi, na década de 1970. Já N.S das Graças refere-se à capela existente no local, construída décadas depois. Ali se encontra a Escola Municipal João de Souza Veras, em homenagem a um dos integrantes da família Veras, uma das mais importantes do bairro.

Outros bairros e comunidades: Xingu, Galinha D’água, Alto das Estrelas, José da Bica, Campo do Gancho, Terra Nostra, Fossão, etc.







2 comentários:

  1. Parabéns pelo artigo!!!! É ótimo saber a história dos bairros de Moreno e da cidade em si.

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  2. Olá Davidson, parabéns pelo seu belo trabalho, excelente, precisa ser mais divulgado, conte com a gente, a Rádio Web VHV está a sua disposição para entrevistas que possam falar um pouco da nossa rica história para o nosso povo. Nosso whatsApp- 81-98743-6676 Valter Cavalcanti

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