Por James Davidson
O termo casa-grande, como é conhecido hoje, refere-se à moradia do senhor de engenho. Junto com a capela, senzala e fábrica, constituía um dos edifícios base da estrutura de um engenho de cana-de-açúcar. Mas nem sempre as casas de engenho eram chamadas assim. Ao se consultar documentos antigos, percebe-se que eram mais comuns os termos "casa de vivenda", "casa de morada", "sobrado", entre outros. Parece que o termo casa-grande só foi consagrado mesmo após a publicação do livro clássico "Casa-grande e Senzala" de Gilberto Freyre, tornando-se a expressão conhecida e popularizada. Além disso, o termo casa-grande não era de uso restrito da zona canavieira, pois aparece também no agreste e no sertão, para denominar também a principal residência de uma fazenda.
Como demonstra Geraldo Gomes, autor de Engenho e Arquitetura, o mais profundo estudo sobre o tema em Pernambuco até hoje feito, nem sempre as casas-grandes eram grandes casas. Além de existirem grandes casas senhoriais, também existiam as modestas e simples casas-grandes, mostrando que nem todos os donos de engenhos eram ricos e poderosos como o senso comum nos faz crer. É importante destacar a grande variedade de tipos existentes e que nem sempre as casas que chegaram até hoje são as originais.

No caso do município do Moreno, muitos dos seus 44 engenhos ainda conservam sua casa-grande. Entre os engenhos que não as possuem mais, podem ser citados os engenhos Canzanza, Mato-grosso, Timbó, Serraria, Pacoval, Bom Dia, Quiaombo, Brejo, entre outros. Alguns conservam um edificação bastante descaracterizada com modificações significativas, como as casas dos engenhos Catende e Caraúna, e outras são relativamente recentes, como as dos engenhos Gurjaú de Baixo e Buscaú. Outras, porém, constituem belíssimos exemplares da Arquitetura de Engenho, como as casas dos engenhos Morenos, Pintos e Novo da Conceição. Vejamos algumas delas:
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Casa-grande do Engenho Catende |
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Casa-grande do Engenho Carnijó |
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Casa-grande do Engenho Gurjaú de Cima |
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Casa-grande de Gurjaú de Baixo |
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Casa-grande do Engenho Buscaú |
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Casa-grande do Engenho Floresta |
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Casa-grande do Engenho Queimadas |
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Casa-grande do Engenho Pintos |
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Casa-grande do Engenho Pereiras |
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Casa-grande do Engenho Jaboatão |
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Casa-grande do Engenho Javunda |
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Casa-grande do Engenho Jussara |
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Casa-grande do Engenho Pocinho |
.JPG) |
Casa-grande do Engenho Una |
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Casa-grande do Engenho Morenos |
Gostei saber do nosso passado. Parabéns pela lembrança de resgatar a nossa história.
ResponderExcluirObrigado Egídio!!
Excluireu seio que não e facil esse seu trabalho de ir a cada engenho, tirar fotos, e contar sua historia. mais somos seu leitor e seguidor admirador, graças a voce JAMES DAVIDiSON de nos fazer voltar ao tunel do tempo, e gostaria de ver fotos da casa grande do engenho contra-açude, e do engenho cumaru gostaria de voltar ao tunel do tempo. enock jose de oliveira
ResponderExcluirObrigado pela admiração amigo, em breve reativarei o blog. Abcs
Excluirvamos resgata nossa historia para que nao fique esquecidos com achegada do progresso
ResponderExcluirMuito massa as história de
ResponderExcluirOs engenhos de Moreno
Minha mãe nasceu no engenho de Carauna. Minha vó Maria Lopes.
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