Primórdios
Segundo Sevy Rocha e João Carneiro da Cunha, nos primórdios da Vila
Nathan havia duas cadeiras públicas de ensino primário. Eram suas professoras
Maria Brandão e Maria Camargo, ambas procedentes de Jaboatão, pelos idos de
1911. Segundo as informações registradas por Sevy Rocha, essas cadeiras funcionavam
defronte à Estação Ferroviária, e estavam sob a responsabilidade do município
do Jaboatão.
A primeira escola de Moreno foi o Externato da Societè Cotonnière
Belge-Bresilienne. Tinha o objetivo de atender aos filhos dos operários
daquela indústria. Foi inaugurada em 08 de setembro de 1910, tendo à frente sua
memorável dirigente a professora Laura da Silva Freitas, que permaneceria como
diretora até o ano de 1951. A escola funcionava numa casa na Avenida Dr.
Sofrônio Portela, sendo posteriormente transferida para a Cambonge.
Em 1952 o Externato Da Sociète passa
a ser dirigido pelas freiras da Ordem de São Vicente de Paula. Funciona como
Externato até 1954, quando passa a ser então denominado de Colégio Sagrado Coração, mais conhecido como “Colégio das Freiras”.
Sua sede já estava situada onde atualmente se encontra o Colégio Baltazar
Moreno.
A Escola Paroquial foi fundada pelo Padre Holandês Edmund Kleipool,
em 20 de agosto de 1920. Funcionava na Igreja de Nossa Senhora da Conceição
(depois São Sebastião), matriz da paróquia, antiga Capela do Engenho Catende.
Teve como primeira professora D. Severina de Almeida Rocha, mais conhecida como
D. Sevy Rocha. Em 1924 a Escola Paroquial passa a ter sede própria, funcionando
na Praça da Bandeira, onde atualmente se encontra o Clube Socièté Cotonière. Em
seu livro “Memórias de uma Mestra”, a professora Sevy Rocha deixa muitos
relatos de sua experiência na Escola Paroquial, inclusive sobre a fundação do
primeiro jornal escolar – O Colega – no ano de 1923. Além de Sevy Rocha, também
teria papel importante nessa escola a professora Maria Heraclides Carneiro,
décadas mais à frente.
Além de sua contribuição como
professora da Escola Paroquial, Sevy Rocha também teria atuação no magistério
do Externato da Socièté e em cadeiras públicas isoladas de ensino. Também
fundou algumas escolas particulares em sua residência, a saber: Externato Santa
Inês (1926-1936), Escola Particular Ovídio Valois (1938-1947) e Instituto Vera
Cruz (1957-1966).
Quanto a Rede Municipal de ensino,
esclarece Vera Lopes:
“Naquela
época, o quadro escolar apresentava-se com três tipos de escolas destinadas ao
Ensino Primário: Escolas Isoladas, Escolas Reunidas e Grupos Escolares.” (Lopes, 2005)
As Escolas Isoladas, também chamadas
de “cadeiras”, consistiam numa única turma administrada por um único professor,
muitas vezes funcionando em sua casa. Quando duas ou mais cadeiras passavam a
funcionar num mesmo local, surgiam as “Escolas Reunidas”. Já os “Grupos
Escolares” funcionavam num espaço próprio para o ensino, com várias turmas e
direção escolar.
Escolas Municipais Urbanas
Até o ano de 1940, a rede municipal
de ensino era composta por várias cadeiras isoladas de ensino, funcionando em
casas particulares e alugadas. A primeira professora da rede municipal, segundo
Sevy Rocha, foi a professora D. Anunciação Alves Bandeira, mais conhecida como
Dona Mocinha. Tudo indica que a primeira “Escola Reunida” só veio, porém a
funcionar a partir de 1941. Surgia assim naquele ano as “Escolas Reunidas
Quintino Bocaiúva”, na Rua Quintino Bocaiúva, Vila Operária da fábrica. Um
prédio local onde funcionava uma cadeira isolada foi reformado para abrigar a
cadeira n° 5, dirigida pela professora Leonita Pio Lopes.
Outra escola reunida a surgir no
final da década de 1940 foi a Escola
Richard Tartesall. Localizada na Avenida Cleto Campelo, onde atualmente se
encontra um supermercado, foi fundada em fevereiro de 1948. Foi a primeira
escola municipal a contar com seriação de ensino. Esta escola funcionou nesse
referido local até o final da década de 1970, quando foi então transferida para
o Alto Santo Antônio. Com a construção do novo prédio, iniciado sob o governo
do prefeito Osias Mendonça e finalizado durante o governo de Paulo da Cunha e
Souza, a escola passou a se chamar Escola
Áurea da Cunha e Souza. A obra custou Cr $ 285.000, adquiridos junto ao
MEC, e seu nome foi em homenagem a primeira Professora do Colégio Batista de
Moreno, e também genitora do então prefeito, sendo inaugurada em setembro de
1977.
Na gestão do prefeito Raul Alves de
Melo seriam inauguradas mais três importantes escolas municipais: Otoniel
Lopes, Jornalista Edson Régis e Argemiro Nepomuceno. O Grupo Escolar Otoniel de Aquino Lopes foi construído no antigo
Bairro do Matadouro, atualmente bairro de Nossa Senhora de Fátima. Foi
inaugurado no ano de 1965 e seu nome foi em homenagem ao farmacêutico e
político Otoniel Lopes, que chegou a ser o primeiro inspetor do Ensino
Municipal.
No Povoado de Tapera o prefeito Raul
Alves de Melo inaugurou, em 11 de fevereiro de 1968, o Grupo Escolar Jornalista Edson Régis, com um custo de NCr $
26.000,00. Até então, Tapera só tinha apenas duas cadeiras de ensino escolar,
mantidas pelo município. Temos registro que a primeira professora de Tapera,
mantida pela prefeitura de Jaboatão, antes da emancipação política de Moreno,
foi a D. Maria Alves Feitosa. Curiosamente, a mesma acumulava também o cargo de
agente dos correios da localidade, em meados da década de 1920.
O Grupo Escolar Jornalista Edson
Régis foi então a primeira escola de maior porte em Tapera. Sua denominação foi
em homenagem ao jornalista Edson Régis, morto no atentado político contra a
ditadura militar, no ano de 1966, no Aeroporto Internacional dos Guararapes.
Passou a oferecer o Ensino Médio a partir de 2000, sendo posteriormente
ampliada, no ano de 2002, abrigando mais salas de aulas.
Atualmente é a mais importante escola municipal de Bonança. Essa
escola já contou também com uma importante Banda de Música, vencedora de
diversos concursos pelo estado e pelo município. Uma nova reforma realizada em
2022 e concluída em 2023, sendo reinaugurada em 20 de abril de 2023, pelo então
prefeito Edmilson Cupertino e secretária de Educação Nalva Veras. A escola
passou a contar com quadra de esportes e salas climatizadas.
A terceira escola levanta por Raul
Alves de Melo, foi a Escola Municipal
Argemiro Nepomuceno. Foi construída no bairro das Pedreiras para atender as
crianças daquela localidade e do vizinho bairro da Mangueira. Sua inauguração
ocorreu em 26 de janeiro de 1969. Sua denominação veio em homenagem ao político
e ex-prefeito do Moreno Argemiro Nepomuceno, que governou a cidade entre 1960 e
1962.
Durante a gestão de Isnald de
Holanda Vasconcelos (1969-1973), foi construída em Tapera mais uma escola
municipal – O Grupo Escolar Olga Gueiros.
Sua inauguração veio em homenagem à senhora Olga Gueiros Leite, esposa do então
governador do estado Eraldo Gueiros, com a presença de ambos em 13 de setembro de 1972. Esta escola manteve essa denominação até o
início da década de 1990, quando durante a gestão do prefeito Jorge Soares
passou a ser o Centro de Reabilitação e Educação Especial de Bonança – CREEBO.
Ainda durante a gestão de Jorge Soares, no ano de 1995, o CREEBO
passou a se denominar Wilson Bernardino
de Arruda, em homenagem a um jovem jogador de futebol de Bonança falecido
aos 22 anos de câncer e filho de um tradicional relojoeiro da localidade.
Posteriormente o CREEBO encerrou as suas atividades passando o prédio novamente
a funcionar como escola primária. A Escola Municipal Wilson Bernardino de
Arruda funciona desde então oferecendo turmas do 1° ao 5° ano.
Também durante a gestão de Jorge Soares foi construída a Escola Municipal Gérson Carneiro. Sua
nova denominação veio em virtude da homenagem ao padeiro Gérson Carneiro da
Silva, tradicional padeiro e futebolista do Distrito de Bonança e da Cidade do
Moreno, que faleceu em 11 de janeiro de 1994. A escola foi inaugurada no ano de
1995, oferecendo Ensino do 1° ao 5° Ano.
No local onde funcionou o antigo
Externato da Sociète Cotonièré, as freiras de São Vicente de Paula fundam o Colégio Sagrado Coração, inaugurado em
30 de janeiro de 1954. Sua primeira dirigente foi a Irmã Ester Rodrigues. Nesta
escola funcionavam cursos de contabilidade e magistério, até o dia 30 de
novembro de 1970, quando encerrou suas atividades. Passou então a funcionar
como Educandário Santo Antônio, até ser adquirido pelo prefeito Osias Mendonça
que iniciou a construção de um grupo escolar na localidade.
A obra do grupo escolar da Avenida
Sofrônio Portela, porém, arrastou-se por anos sem ser concluída. Na década de
1980, porém ganha novo impulso com a administração do prefeito Edvar Bernard.
Iniciada em 1986, mas concluída em dezembro de 1987, veio a ser inaugurada em
fevereiro de 1988 com a denominação de Colégio
Municipal Baltazar Moreno, em homenagem ao proprietário do Engenho Morenos,
cujo nome foi legado ao município. O Colégio Baltazar Moreno seria então a
maior escola municipal do Moreno e a mais importante, oferecendo curso de nível
primário até o Ensino Médio. O Colégio já foi referência a nível estadual pela
sua qualidade de ensino e estrutura física, chegando a oferecer até cursos de
nível técnico. Possui também a Quadra Municipal Zezo Bernardo, a única quadra
municipal da Cidade do Moreno.
Durante a primeira administração do
Prefeito Vavá Rufino (1989-1992) foram construídas 4 escolas com modelo
arquitetônico padrão, em áreas da cidade até então desprovidas de escolas.
Todas receberam nomes em homenagem a professoras de destaque na história do
Moreno. Surgiram assim as Escolas municipais Profª Alta de França, Profª Josefa
Alves, Profª Noemi Guerra e Profª Sevy Rocha.
A primeira dessas escolas a ser
inauguradas foi a Escola Municipal Profª
Sevy Rocha. Localizada no bairro do Alto da Maternidade, atende aos alunos
do setor leste da cidade, oferecendo turmas de ensino fundamental I e II. Foi
inaugurada em 18 de maio de 1990 e seu nome veio em justa homenagem à
professora Sevy Rocha, uma das mais influentes educadoras da história da
cidade. A professora Sevy Rocha veio para Moreno no ano de 1919 a convite do
Padre Edmund Kleipool, com a finalidade de lecionar na antiga Escola Paroquial.
Trabalhou em diversas unidades de ensino do município educando várias gerações
de morenenses. Faleceu em 20 de agosto de 1986, aos 84 aos de idade.
Anos
mais tarde, veio a inauguração da Escola
Municipal Profª Josefa Alves da Silva. Localizada no bairro de João Paulo
II, foi construída com o objetivo de atender a uma das comunidades mais
carentes do município. Josefa Alves da Silva foi uma professora morenense
nascida no Engenho Cumarú. Lecionou por muitos anos, sendo também diretora da
Escola Reunidas Richard Tarttesall. Faleceu em 25 de maio de 1977. A
inauguração da escola ocorreu em dezembro de 1992.
Também na mesma época foram construídas as escolas Profª Noemi Guerra e Profª Auta de França Lins, situadas nos
bairros de Liberdade e Nossa Senhora Conceição, respectivamente. A primeira
teve seu nome em homenagem à Professora Noemi Guerra Ribeiro, morenense que por
muitos anos dedicou sua vida ao magistério nesta cidade. Faleceu em 1990, sendo
homenageada em dezembro de 1992 com a inauguração da escola que levou seu nome.
Igualmente a Professora Auta de França Lins foi outro membro do magistério
homenageado com o patronato de outra unidade escolar inaugurada na mesma época.
Essas três escolas foram inauguradas em dezembro do ano de 1992, no final do
mandato do prefeito Vavá Rufino.
A Escola Municipal 05 de Julho fica localizada na Cidade Evangélica
dos órfãos, em Bonança. Surgida inicialmente como uma única salinha, no ano de
1972, a escola era mantida pela administração do orfanato. Em 1973 foi
ampliada, passando a ter 3 salas de aulas, cozinha, direção e sala dos
professores. A partir de 1977 passou a contar com o apoio da Secretaria
Municipal de Educação para o fornecimento de merenda. Atualmente é mantida pela
Seduc, oferecendo ensino fundamental dos anos iniciais até o 5 ano.
A Escola Elza Pereira de Lima surgiu como Escola Municipal Assembleia de Deus, por estar situada num espaço
compartilhado pela igreja na área posterior do templo matriz das Assembleias de
Deus em Moreno. Surgiu inicialmente como escola primária, em parceria entre a
igreja e a Prefeitura Municipal. No ano de 2002 passou a funcionar com o ensino
Fundamental II.
No ano de 2013 o prédio foi interditado pelo ministério público devido
a falhas em sua estrutura. A Escola passou então a funcionar no início da Rua
10 de Novembro, Praça da Independência, no prédio do antigo Espaço Fera. Seu
nome foi então mudado para Escola
Municipal Elza Pereira, em homenagem a uma das primeiras mulheres a ser
eleita vereadora no município do Moreno. A Escola oferece Ensino Fundamental e
EJA.
A Escola Municipal Profª Maria Heraclides Carneiro Campelo foi
construída durante a gestão do prefeito Edvard Bernardino (2005-2008), com
recursos do Mec. Foi inaugurada no ano de 2008, atendendo ao público da
Educação Infantil. Fica situada no bairro do ABC/Galinha D’água. Outra escola
de Educação Infantil foi o CMEI – Centro
de Educação Infantil – localizado no prédio da antiga escola particular
João de Deus de Oliveira. Funcionou até o ano de 2014, quando teve suas
atividades encerradas.
O município também teve outras escolas urbanas, atualmente encerradas
– Escola Helion Veras Ramalho,
construída originalmente no Alto Bela Vista, durante a gestão de Jorge Soares
(1993-1996). Foi transferida posteriormente para o bairro da Galinha D’água e
fechada definitivamente no ano de 2015; Escola
João de Souza Veras, inaugurada em 1982, situada no bairro de Nossa Senhora
das Graças (INABI). Esta escola funcionou oferecendo aulas para os primeiros
anos do Ensino Fundamental, tendo suas atividades encerradas em 2017.
Escolas Municipais Rurais
Na zona rural, em quase todas as
sedes de antigos engenhos já chegou a existir ao menos uma cadeira isolada para
atender ao alunato do campo. Ao todo, o município do Moreno já chegou a possuir
32 escolas situadas em comunidades rurais do município. Todavia, no início do
século XX, as dificuldades eram grandes para o magistério no campo, devido às
grandes distâncias a serem percorridas e dificuldades de locomoção.
Com o tempo foram instalando-se
várias escolas rurais. No Engenho Pintos, segundo Vera Lopes, havia uma escola
Típica Rural, administrada pelo governo estadual, onde os alunos estudavam
práticas agrícolas nos canteiros. Os produtos cultivados tinham como destino a
própria merenda da escola. Não se sabe até que ano funcionou a Escola Típica
Rural de Pintos.
Em Buscaú, o prefeito Raul
Alves de Melo instalou uma escola de corte e costura. Posteriormente, na gestão
seguinte, a escola foi ampliada pelo prefeito Isnald de Holanda Vasconcelos,
surgindo assim o Grupo Escolar Basileu
Portela. Essa escola funcionou até o ano de 2014, quando foi fechada pela
administração de Adilson Gomes. Na gestão de Paulo da Cunha e Souza, foi
instalada uma escola profissionalizante na sede da Usina N.S Auxiliadora e uma
primária no Engenho Bela Vista.
Para lecionar nas escolas
rurais, muitas vezes as professoras precisavam fixar moradia nos engenhos ou
permanecer de segunda a sexta nos mesmos, voltando para a cidade apenas nos
finais de semana. Para isso, muitas vezes os proprietários dos engenhos cediam
abrigo para os docentes. Contudo, com o advento das melhorias de condição de
acesso, como a maior facilidade para andar de motocicletas, as escolas rurais
se tornaram melhor acessíveis.
Com a desapropriação de vários
engenhos pela FETAPE e pelo INCRA, foram instalados vários assentamentos rurais
pelos trabalhadores e suas famílias. Com isso, foram também construídas escolas
com maior capacidade para atender aos filhos dos agricultores e rurícolas.
Surgiram assim as escolas municipais dos assentamentos rurais localizados nos
engenhos Jardim, Gameleira, Canzanza, Pintos, Serraria, Timbó, Jaboatão,
Jussara e Laranjeiras. Algumas dessas escolas possuem formato arquitetônico
padrão do Incra – Gameleira, Canzanza, Serraria, Jaboatão (mais antigo); Jardim
e Maria do Carmo Arcoverde (mais recente). Essas duas últimas constituem as
duas maiores escolas rurais do município, sendo a escola do Engenho Jardim
inaugurada em 22 de dezembro de 2004, com a denominação oficial de Escola Municipal Manoel Francisco dos
Santos. Já a atual escola do Engenho Pintos foi inaugurada em 14 de
dezembro de 2005, possuindo a denominação de Escola Municipal Maria do Carmo Arcoverde.
Com a diminuição da população
do campo e o aumento do êxodo rural, ocorreu o fechamento de várias unidades
escolares no campo. As antigas escolas dos engenhos Camarão, Fundão, Pereiras,
Bela Vista, Fortaleza, São Braz, Morenos e Pacoval já estavam extintas em 2010.
No ano de 2014 aconteceu o maior índice de fechamento de escolas rurais do
município – 11 escolas foram fechadas de uma única vez pelo secretário de
educação João Costa, gestão de Adilson Gomes, a saber: Gurjaú de Cima, Caraúna,
Floresta, Javunda, N.S Auxiliadora, Várzea do Una, Basileu Portela (Buscaú),
Furnas, Laranjeiras I. Laranjeiras II e Amor
Perfeito. A Escola do antigo Engenho Brejo, denominada de Escola Maria Angelita de Souza Leão,
chegou a ser fechada na mesma época, mas foi posteriormente aberta graças à
pressão da população local.
No ano de 2016 a Escola Engenho Gameleira também
encerrou suas atividades. Esta escola havia sido fundada no ano de 2000, pelo
INCRA, atendendo alunos de cerca de 12 engenhos vizinhos, ofertando turmas do
Ensino Fundamental I e II. Anteriormente, era uma escola seriada, sendo
transformada posteriormente em escola de Fundamental II. Todavia encerrou suas
atividades em 2018.
Atualmente funcionam as
seguintes escolas rurais: Padre Edmund
Kleipool, localizada no Povoado de Massaranduba; Engenho Jussara, na casa-grande do engenho de mesmo nome; Engenho Contra-açude; Engenho Cumarú; Escola Maria Angelita de Souza Leão, no Engenho Brejo; Escola Maria do Carmo Arcoverde, no
Engenho Pintos; Escola Manoel Francisco
dos Santos, no Engenho Jardim; Escola
do Engenho Canzanza; Engenho Una;
Engenho Timbó; Engenho Serraria BR.
Entre as Escolas Rurais
destaque para a Escola Municipal Padre
Edmund Kleipool. A primeira escola do povoado de Massaranduba foi
construída em 1970 pelo Sr Antônio José de Sena e sua mulher Júlia José de
Sena, tendo como professoras suas filhas Maria José de Sena Lira e Lindalva de
Sena Lima. A escola funcionava em terreno particular, com uma única sala de
aula, atendendo 60 alunos da 1° a 4° série.
Posteriormente, sem poder
atender a demanda de alunos locais, a comunidade reivindicou junto a prefeitura
a construção de um novo prédio. Assim, em terreno doado por Manuel Bezerra de
Carvalho o prefeito João Olímpio de Mendonça construiu a nova escola do povoado
de Massaranduba. Inaugurada em 1982, recebeu o nome de Padre Edmund Kleipool,
em homenagem ao primeiro pároco da cidade do Moreno.
Secretaria
de Educação
Quanto a gestão da Educação, no
início da Vila de Morenos havia o cargo de Delegado de Ensino. Tinha esse a
finalidade de avaliar de forma rigorosa o desempenho dos professores através de
avaliações da aprendizagem dos alunos. O primeiro delegado de ensino, segundo
Sevy Rocha (Rocha, 1983) foi o Sr. Ovídio Valois, escriturário da antiga
fábrica de tecidos, durante a década de 1920. O segundo a ocupar o cargo de
delegado foi o sr. Raulino Costa e, o terceiro, sr. Alfeu Rabelo.
Com a emancipação política do
município, surgiu o cargo de Diretor de Instrução Pública Municipal, espécie de
gerente da educação. Chegaram a exercer essa função a srª Leonita Pio Lopes
(08/01/1935), João Carneiro da Cunha, José Bezerra de Melo, Hermes Gusmão de Sá
e Waldemar Canto.
A secretaria de Educação
somente veio a existir, com estrutura própria e melhor organizada, a partir da
administração de Osias Gomes Mendonça (1974-1977). A primeira secretária
municipal de educação foi a professora Célia Bastos. Para isso, a secretaria de
educação foi instalada em um antigo casarão da Rua João Pessoa (atualmente rua
Ormenzinda Vasconcelos, onde funciona a Previdência Social).
O atual prédio da Secretaria de
Educação foi adquirido no início da gestão do prefeito Vavá Rufino, no ano de
1997, passando a funcionar num antigo casarão na rua 15 de Novembro, onde
anteriormente funcionava o Banco Bandepe. Outros que chegaram a exercer a
função foram o Padre Antônio Rufino de Melo, Paulo Maurício, Roderick Júnior, Jackson
Pereira, Érick Tintino Barros, Alilton Gomes, Vladimir Malheiros, Francisco de
Amorim Brito, Ana Selma da Silva. A atual secretária de educação do município é
a professora Nalva Veras, que assumiu a seduc no ano de 2021.
Sinpremo –
Sindicato dos professores do Moreno. A instituição teve origem a partir da
Asemo – Associação dos servidores do Moreno, foi fundada em 06 de abril de
1992. Esta organização foi o embrião do atual sindicato organizando a primeira
greve do funcionalismo público do Moreno no início dos anos 1990. Participaram
dessa associação os professores João Pereira, Alílton Gomes, Terezinha
Ferreira, Heraclides Montenegro, Roderick Júnior, Maria Silva Cabral (Mana),
entre outros.
Posteriormente, a Asemo é
transformada em Sinpremo – Sindicato dos Professores do Moreno, lutando pelos
direitos dos professores e trabalhadores da Educação. Já estiveram à frente do
sindicato as professoras Cátia Carneiro, Elisângela Costa e Josineide Oliveira,
entre outros.