quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Mapa da Bacia do Jaboatão

Por James Davidson

Publico aqui um mapa da Bacia do Jaboatão disponível no Relatório sobre a Barragem do Engenho Pereiras
Fonte: ITEP

Bacia do Jaboatão Fonte: ITEP

domingo, 2 de novembro de 2014

Limites do Moreno

Por James Davidson

O município do moreno limita-se com os municípios vizinhos da seguintes maneira:
Ao norte com o município de São Lourenço da Mata; a leste com o município do Jaboatão dos Guararapes: ao sul com o município do Cabo de Santo Agostinho; e a oeste com o município de Vitória de Santo Antão. Observe o mapa abaixo:




Entretanto, encontrar a descrição precisa de onde se iniciam e onde terminam os limites com cada município é uma tarefa bastante difícil. A descrição de limites do município do Moreno não se faz presente nem na Lei Orgânica Municipal e nem em seu Plano Diretor. Daí, ter sido necessário fazer uma busca intensiva para encontrar a descrição precisa dos mesmos, já que isto é de extrema importância tendo em vista as polêmicas que envolvem alguns deles como, por exemplo, os limites com o município de Vitória de Santo Antão, cuja indecisão gera muitos conflitos.

Dessa forma, consegui após muito esforço encontrar num Diário Oficial antigo a descrição desses limites. Segue abaixo:

Município do Moreno
Limites Municipais

Com o município de Vitória de Santo Antão:
A partir da Pedra do Corre-Moleque, por uma reta para a nascente do córrego Sevinha, desce pelo riacho de mesmo nome até a sua confluência com o Riacho Ceva; desce por este até a sua confluência com o rio Jaboatão; desce por este até a sua confluência com o riacho Una; daí por uma reta para o ponto mais elevado da Serra do Camarão, - Chamado Chã dos Coqueiros; segue pela linha de cumeada da referida Serra pelos limites oeste dos engenhos Tamatá-Mirim e Coqueiros, seguindo até a extremidade da referida serra; daí por uma reta para o ponto de intersecção da linha de cumeada da Serra; daí por uma reta para o ponto que liga a Serra do Toró com a reta que liga o ponto mais alto do Oiteiro de Pedro, à nascente do Córrego Cueiras.

Com o município de São Lourenço da Mata:
A partir da intersecção da linha da cumeada da Serra do Toró com o a reta que liga o ponto mais alto do Oiteiro de Pedra, à nascente do córrego Cueiras por uma reta para a nascente do rio Duas Unas; desce o referido rio até a sua junção com o rio Pixaó.

Com o município do Jaboatão:
A partir da junção do rio Duas Unas com o rio Pixaó por uma reta para o Morro da Macambira; daí por uma reta para a foz do riacho São Salvador, ou Tabatinga, no rio São Salvador.

Com o município do Cabo de Santo Agostinho:
A partir da foz do riacho São Salvador ou Tabatinga, no rio São Salvador, desce por este até sua foz no rio Gurjaú; sobe por este até a foz do riacho das Moças até a sua nascente; daí por uma reta para a Pedra Corre-Moleque.

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Academia Morenense de Letras lança seu Blog

Por James Davidson


Como mais uma ação de incentivo da Cultura do município do Moreno, a Academia Morenense de Letras e Artes  - AMLA - cria seu próprio espaço para a divulgação da entidade, de suas ações e de suas atividades. É portanto com muito orgulho que, como membro da AMLA, venho divulgar aqui a criação desta página que irá contribuir para o engrandecimento literário e artístico da Terra de Baltazar. Segue o endereço:

http://academiamorenensedeletrasedeartes.blogspot.com.br/

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Pedra Pelada - O mirante do município

Por James Davidson


Pedra Pelada - Talvez você que mora em Moreno nunca tenha ouvido falar deste lugar. Mas ele fica em Moreno, a poucos quilômetros do Povoado de Massaranduba. Não confundir com a Pedra da Pimenta (esta fica localizada no município do Cabo) ou com a Pedra Corre-Moleque (localizada junto ao Engenho Seva). A Pedra Pelada fica localizada em terras do Engenho Buscaú, a pouco mais de 1 quilômetro mais ao norte da sede desse engenho.


Três são os aspectos que tornam a Pedra Pelada um lugar especial. O primeiro deles é a sua altitude que chega a atingir a altura de 384 metros. Talvez não seja o ponto mais alto do município (O Morro das Torres de Buscaú parece ser mais alto), mas ainda assim o local apresenta uma vista fascinante. Dali é possível avistar um vasto trecho da Região Metropolitana do Recife e da Mata Sul de Pernambuco - desde ao norte partindo de Olinda e São Lourenço da Mata até ao sul desde as terras de Escada e de Ipojuca. É possível avistar a Cidade do Recife, Jaboatão, a orla desde Boa Viagem até Suape, Cabo de Santo Agostinho e Vitória de Santo Antão. No município do Moreno, além da Cidade e do Distrito de Bonança, estão ao alcance da vista os engenhos Jaboatãozinho, Brejo, Contra-açude, Gurjaú-de-Cima, Gurjaú-de-Baixo, Caraúna, Jardim, enfim, toda a região do Vale do Rio Gurjaú, que nasce nas proximidades.



O segundo aspecto é a vegetação local que apresenta ainda, apesar da ocupação dos canaviais no entorno, um aspecto relativamente bem preservado. A Mata Atlântica é a formação nativa da região ocupando o topo da parte mais elevada do conjunto onde se destaca uma única árvore sobressalente. Predomina no local árvores típicas da Mata Atlântica. Curioso é que há também no local espécies xerófilas, típicas da caatinga, que predominam nos trechos desnudos das rochas, onde os solos são rasos ou mesmo inexistentes. A presença dessas espécies é devida, assim, a fatores edáficos, e não a fatores climáticos, pois as taxas de precipitação no local são bastante elevadas.



O terceiro aspecto que torna a Pedra Pelada um lugar especial é a presença de matacões de granito espalhados por toda a localidade. Inclusive, o próprio nome do local é devido a um desses rochedos. Alguns desses matacões possuem dezenas de metros de diâmetro e em suas concavidades são formadas várias furnas onde se abrigam animais. As furnas são pequenas grutas formadas nas rochas que funcionam como abrigo natural para animais. Algumas dessas são tão amplas que permitem facilmente a entrada de seres humanos. Imediatamente vem à mente a possibilidade de haver registros rupestres e outros vestígios arqueológicos no local. Porém, nada até o momento foi encontrado.

Assim, a Pedra Pelada é mais dos lugares interessantes e pitorescos do município do Moreno.

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Visita à Pedra Pelada na formação de Geografia

Por James Davidson



No mês de abril 2014 tive a oportunidade de levar os professores da Rede Municipal de Ensino do Moreno para visitar um dos mirantes do município do Moreno - A Pedra Pelada. Como exercia na ocasião a função de Coordenador de Geografia da Equipe de Ensino da Secretaria de Educação do município, tive a iniciativa de levar os professores da disciplina de Geografia para visitar aquele que poderia ser o ponto mais alto do município. Assim, partimos de Moreno rumo à Bonança e, depois à Massaranduba e dali seguimos para a Pedra Pelada. Apesar da vegetação local ter atrapalhado um pouco (o mato havia crescido muito) a experiência foi bastante proveitosa e foi possível não apenas tirar os professores da rotina da sala de aula, mas também levá-los a conhecer mais sobre o município onde trabalham. Afinal  de contas, conhecer sua própria realidade constitui um passo fundamental e é papel da Educação propiciar meios adequados para que os alunos sejam apropriados de uma visão crítica sobre a realidade em que ele está inserido. E a Geografia é uma das disciplinas que melhor permitem a interação do homem ao seu espaço, sendo um instrumento indispensável para a mediação do aluno com seu meio ambiente. Daí ser fundamental trabalhar a Geografia do Moreno no ensino básico, capacitando os professores e tornando-os aptos a realizar uma melhor interação e compreensão ao aluno sobre sua realidade.

Porém, uma das medidas tomadas pela atual gestão, nesta crise da Educação do Moreno, foi justamente a extinção da Equipe de Ensino da Secretaria de Educação, acabando com um trabalho pedagógico que mal avisa iniciado!! É uma verdadeira pena já que as ações ficam sem continuidade e acabam tendo pouco ou nenhum resultado! Vejam as fotos:











terça-feira, 1 de julho de 2014

Posse da Academia Morenense de Letras e Artes - AMLA

Por James Davidson



No dia 07 de junho de 2014 foi realizada a cerimônia de Posse da Academia Morenense de Letras e Artes - AMLA, instituição sem fins lucrativos que busca reunir artistas, poetas e escritores a fim de fortalecer a cultura do município do Moreno. A AMLA foi fundada com apenas 14 membros, mas há uma expectativa que o número de componentes cresce ao longo do tempo tendo em vista que muitos foram convidados para participar, mas devido a uma série de circunstâncias não puderam tomar posse. Além disso, mesmo aqueles que não receberam convite, mas que tenham o legítimo interesse em colaborar podem vir a fazer parte do rol de acadêmicos pois o espaço estará sempre aberto a receber os representantes da cultura morenense. Assim, divulgamos aqui algumas imagens da festa de posse acontecida na noite de 07 de junho no Casarão do Engenho Catende. Também não podemos de deixar de agradecer à Academia Escadense de Letras - AELE, por todo o esforço empreendido na fundação de nossa academia, inclusive na condução e organização do evento. Agradecemos á Prefeitura do Moreno pela concessão do espaço para o evento bem como no apoio nas demais solicitações.  Aos acadêmicos que não mediram esforços em colaborar na construção da mais nova Academia de Letras de Pernambuco. A todos que se fizeram presentes e que colaboraram na construção do evento!

















domingo, 1 de junho de 2014

Moreno cria Academia de Letras

Por James Davidson



A Cidade do Moreno terá a oportunidade no próximo sábado, dia 07/06, de presenciar a fundação de sua primeira Academia de Letras do município. A Academia Morenense de Letras e Artes - AMLA, será composta por escritores, poetas, professores e artistas do município do Moreno e será um grande marco cultural para a cidade do Moreno. 
O evento, que será realizado na Sede do Casarão de Catende, às 18:00 contará com a presença de vários representantes das demais Academias Pernambucanas, além de vários artistas, escritores, poetas e representantes das autoridades locais. Na ocasião tomarão posse 14 acadêmicos que terão seus nomes imortalizados na história do município, entre eles o autor deste blog. As 14 cadeiras terão como patronos pessoas ligadas à história e à cultura do município já falecidas, como as professoras Sevy Rocha e Brandina Rocha, o saudoso professor José Alvino, Baltazar Moreno, entre outros. 
É importante ressaltar que a criação da Academia Morenense de Letras e Artes somente foi possível graças ao apoio e incentivo da Academia Escadense de Letras - AELE - que além de dar todo o apoio necessário, serão os padrinhos da AMLA, dando assim o respaldo necessário para a criação da Academia de Moreno. Agradecemos a AELE por esse apoio, bem como ao companheiro Gedson, do Blog Cultura Morenense que foi o autor do Brasão da Academia. Também foi indispensável a presença de Celma Pereira, que coordenou e articulou tudo que foi necessário para a criação da AMLA, reunindo as pessoas certas para a Academia, bem como o apoio da pessoa de Sanclair Costa, atual vice-prefeito do município, e de sua irmã Suely Costa, que desde o início veem contribuindo de forma significativa para a fundação da Academia Morenense de Letras e de Artes. Desde já, divulgamos aqui a toda a sociedade morenense mais um grande avanço para a Cultura, para as Artes e para as Letras do município!

quarta-feira, 28 de maio de 2014

O Engenho Catende

Por James Davidson


O Engenho Catende está localizado no Centro da Cidade do Moreno. Foi nas terras desse engenho que se desenvolveu a atual Cidade do Moreno, a partir da compra do engenho pela fábrica da Société Cotonnière Belge Bresilienne, na primeira década do século XX. Assim, apesar de se chamar "Moreno", foi nas terras do Engenho Catende que Moreno se desenvolveu, e não nas terras do Engenho Moreno.


Mas a história do Engenho Catende é muito mais antiga que da cidade. Já em fins do século XVI e início do século XVII, encontramos referências ao Engenho "Nossa Senhora Conceição", situado no Vale do Rio Jaboatão. Consultando-se os mapas de Vingboons e de Marcgraf, elaborados no período holandês, percebe-se claramente que esse Engenho N.S. Conceição ficava localizado a oeste do Engenho Bulhões (São João Batista), subindo o Rio Jaboatão, à sua margem esquerda. Esse Engenho Conceição não era outro senão o atual Engenho Catende.


Durante o Domínio Holandês, o engenho pertencia a Antônio Pereira Barbosa que, com a invasão dos flamengos, fugiu para a Bahia abandonando sua propriedade. Assim, o Engenho Conceição foi confiscado e vendido aos holandês Servaes Carpentier. O engenho moía a água. Depois da invasão holandesa, o Engenho Catende teve outros proprietários até que, em meados do século XVIII, estava em posse de Domingos Bezerra Cavalcanti.



Diz a tradição oral que Domingos Bezerra Cavalcanti era o típico cruel e autoritário senhor de engenho. Segundos as lendas correntes, o mesmo enterrava vivo nas paredes de suas casas os escravos que lhe provocavam a ira. Assim, há quem acredite que o Casarão de Catende guarde em suas paredes esqueletos de escravos emparedados.


Domingos Cavalcanti era dono de vastas extensões de terras. Era dono de todos os engenhos situado entre Jaboatão e Tapera, inclusive os Engenhos Bulhões e Morenos. Construiu a Capela do Engenho Catende, em 1745, sob a invocação de Nossa Senhora da Conceição, posteriormente mudada para a invocação de São Sebastião. Esta ficava localizada no alto da colina, bem acima da casa-grande, voltada para a direção nordeste. Foi destruída em 1973 para a construção da Escola Cardeal Dom Jaime Câmara.

O Casarão do Engenho Catende recebeu a visita do Imperador D. Pedro II e da Imperatriz Teresa Cristina, na volta de sua visita a Vitória de Santo Antão. Os monarcas almoçaram e descasaram no engenho, no dia 20 de dezembro de 1859. Nesta época o engenho pertencia a Antonio Pereira da Silva. Posteriormente, este vende a propriedade, em 1875, ao Barão de Morenos.


O Engenho Catende é adquirido, em 1907, pela companhia belga Société Cotonnière Belge Bresilienne por 108 contos. Embora a empresa instale a fábrica em outra parte da propriedade, os edifícios do antigo engenho permaneceram no local. Até uma fábrica de café chegou a existir onde era a fábrica de açúcar do engenho. A Casa-grande era popularmente conhecida como "Sobrado Velho do Tamboatá". A senzala ficava localizada numa rua atrás do casarão.

Durante a primeira administração do prefeito Edvard Bernardo, o casarão de Catende passou por uma reforma, pois o mesmo se encontrava abandonado e em estado precário de conservação. Porém, a reforma descaracterizou partes do edifício, como o piso do pavimento superior, gerando muitas críticas por parte da população. Hoje o edifício abriga a Guarda Municipal do Moreno e também sedia várias atividades festivas e culturais.

sábado, 1 de março de 2014

Bacia do Rio Jaboatão

Por James Davidson




A bacia do Rio Jaboatão está localizada no Estado de Pernambuco, Nordeste do Brasil, abrangendo uma área de 413 km², entre as coordenadas 8°00’ e 8°14’ de latitude sul e 34°50’ e 35°15’ de longitude oeste. Drena os municípios de Recife, Jaboatão dos Guararapes, Moreno, São Lourenço da Mata, Cabo de Santo Agostinho e Vitória de Santo Antão, sendo uma das bacias mais importantes do Grande Recife.

Rio Jaboatão na altura da Usina Bulhões
 
Rio Jaboatão no Engenho Jaboatãozinho


Junto com as bacias dos rios Tejipió, Pirapama, Massangana e Jordão, ela é classificada como sendo do Grupo GL2 (Grupo de pequenos rios litorâneos) pela CPRH (Companhia Pernambucana de Recursos Hídricos). A temperatura média anual da bacia é de 24°C e a média das precipitações são sempre acima de 1500mm anuais. O clima é do tipo ams’, segundo a classificação de Köeppen. O período de chuvas desenvolve-se entre os meses de março e agosto.

Rio Jaboatão em trecho da Cidade do Moreno

Rio Mussaíba, afluente do Jaboatão
O Rio Jaboatão é o rio principal da bacia, possuindo 75 Km de comprimento e desembocando no Oceano Atlântico. Sua foz encontra-se na Praia de Barra de Jangadas, em Jaboatão dos Guararapes, e sua nascente encontra-se em terras do Engenho Pacas e Arandú de Cima, em Vitória de Santo Antão. Seus principais afluentes são os rios Duas Unas, Mussaíba, Manassu, Muribequinha, Suassuna, Laranjeiras, Caiongo, Contra-açude, Carnijó, Una, Xixaim, entre outros.

Cachoeira no Riacho Manassú, afluente do Jaboatão
Início do baixo Curso do Rio Jaboatão - Bairro de Marcos Freire
 
A Bacia hidrográfica do Rio Jaboatão é de grande importância para a RMR, pois além de possuir expressiva área de abrangência nesta, contribui significativamente para o abastecimento da região. Para isso, possui diversas represas e açudes em seus afluentes, com captação pela COMPESA, destacando-se a Represa de Duas Unas, 4° maior da RMR em atividade.

Trecho do Rio Jaboatão entre os municípios do Moreno e do Jaboatão

Porém, apesar de sua importância, a bacia do Rio Jaboatão vem sofrendo inúmeros impactos ambientais que vem prejudicando a fauna, flora e a qualidade da vida das pessoas da região. Entre estes impactos, destaca-se o despejo de resíduos industriais os mais diversos nos rios, os dejetos residenciais sem tratamento nos cursos d’água, o desmatamento desenfreado, o despejo de lixo e a ocupação irregular das margens fluviais, entre outros. Tudo isso contribui para que o Rio Jaboatão seja um dos rios mais poluídos e degradados do Estado de Pernambuco.

Contaminação do Rio Jaboatão em Jaboatão Centro

Atividade impactante nas margens do Rio Duas Unas