quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Lançamento do Livro Memórias Destruídas

Por James Davidson

Finalmente, depois de 3 anos de espera, ocorrerá o lançamento do meu livro Memórias Destruídas. O livro que fala sobre a história da destruição do Patrimônio de Jaboatão dos Guararapes, será lançado no dia 12 de Janeiro de 2013, na sede da Casa da Cultura de Jaboatão. Venho através desta postagem convidar a todos os leitores e amigos do Blog a participar da Festa de Lançamento. O evento contará com a exposição de banner sobre o Patrimônio de Jaboatão dos Guararapes, assim como a exibição de um Pequeno Curta Metragem sobre o assunto. Vejam abaixo uma prévia do vídeo:


Em breve estarei divulgando mais informações sobre o evento!

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Vídeo documentário Águas do Jaboatão

Por James Davidson


Acima Vídeo Documentário Águas do Jaboatão, realizado pelo MJPOP, em parceria com  A Juventude Suassuna e o Jaboatão Redescoberto. Foram várias visitas em diversos trechos do Rio Jaboatão e seus afluentes, percorrendo seus 75 Quilômetros, desde sua nascente em Vitória de Santo Antão, até sua foz em Barra de Jangadas. Conversamos com moradores locais - pescadores, coletores, sitiantes e ribeirinhos - e flagramos várias atividades poluidoras e destruidoras do Meio Ambiente. Foi uma experiência maravilhosa, onde pudemos sentir na pele os momentos tanto de beleza, como de agonia do nosso rio. A relação dos moradores locais com nossa artéria fluvial também pôde ser analisada através deste documentário. Tudo em defesa do meio ambiente e do rio que deu origem à nossa cidade. Não somente autorizamos, mas insistimos que este vídeo seja compartilhado, baixado, distribuído e divulgado em todas as mídias sociais para que seja um importante veículo de conscientização social e ambiental nas escolas, comunidades, universidades, seminários,  etc. Que os professores e atores sociais de nossas escolas e comunidades utilizem este vídeo para a Educação Ambiental em nosso município. Um agradecimento especial a Alexandre Roseno, Edson, Julie Carle, Mário César Ramos, Tathiana Cosme, Raiana Rodrigues, Torquato Silva, Walkíria Rodrigues, Joel Emídio, Pollyana Virgolino, Sr, Salatiel e para todos os outros que contribuíram de alguma forma ou de outra para a realização deste importante trabalho. Esperamos que um dia possamos ver esta triste realidade transformada e que um dia possamos beber da água do Rio Jaboatão em todos os trechos, não só em sua nascente!!!

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Caos administrativo na Prefeitura de Moreno

Por James Davidson


Os funcionários da prefeitura de Moreno estão sofrendo com o caos administrativo em que se encontra o município atualmente. Estamos vivendo uma verdadeira "desadministração" no município e o caos tomou conta da gestão. Apesar de estarmos em ano eleitoral, onde geralmente os políticos melhoram o governo pra tentar eleger alguns candidatos, o que está acontecendo em Moreno é exatamente o contrário. É como se nos últimos meses da atual administração houvesse um descaso pelo funcionamento da prefeitura.

O começo deste mês de Julho foi marcado pelo descaso com o pagamento dos funcionários. Muita gente recebeu parcialmente seu salário, enquanto teve gente que nem recebeu. Após muito protesto e reivindicações, finalmente, depois de uma semana, veio a correção esperada. Porém, todos temem que o quadro venha a se repetir nos próximos meses, o que não deverá ser muito difícil, tendo em vista o que vem acontecendo nos últimos dias.

Outro grande problema é a respeito do Cartão VEM. Embora tenha sido descontado nos contra cheques, estamos no dia 23 de julho e os créditos ainda não entraram. Há alguns meses que a entrada dos créditos vem atrasando, mas agora em Julho chegou ao cúmulo do absurdo! Pra quem depende de ônibus fica difícil trabalhar desse jeito tendo de pagar passagem por fora quando já foi descontado do seu salário!

O acordo feito entre a gestão e os professores quanto ao pagamento dos retroativos de 2012 também não será cumprido. Faltam apenas duas parcelas, mas de acordo com a proposta da secretaria o pagamento só será realizado no dia 10/08, pulando o mês de Julho. Em Assembléia realizada no dia 20/07, a categoria dos  professores de Moreno decidiu manter o Estado de Greve, embora tenha aceitado a proposta do governo. Porém, caso mais uma vez a atual administração atropele seus acordos, provavelmente uma greve poderá ser deflagrada em agosto.

Como se não bastasse isso tudo, apareceu no contra-cheque dos funcionário um desconto de um tal Real Saúde. Ninguém sabia que a prefeitura tinha um convênio com o Real Saúde, todos conhecem o convênio com o Plano Ideal Saúde. Só que esqueceram de avisar aos funcionários do município, que estão pagando por um plano que não usam. 

Enfim, a atual administração da Prefeitura de Moreno, nos últimos meses, vem confirmando sua  grande incompetência na gestão dos recursos públicos municipais. Resta a todos nós suportar o descaso previsto para o restante do ano e saber escolher nas próximas eleições!

sábado, 7 de julho de 2012

Hidrografia do município de Moreno

Por James Davidson


O município de Moreno está incluído em três bacias hidrográficas: Bacia do Rio Jaboatão, Bacia do Rio Pirapama e Bacia do Rio Capibaribe. A Bacia do Jaboatão está representada pelo Rio Jaboatão, pelo Rio Duas Unas e seus afluentes. A Bacia do Rio Capibaribe está representada pelo Rio Várzea do Una, afluente do Rio Tapacurá que, por sua vez, é afluente do Rio Capibaribe. Os rios Gurjaú, Cajabussu e Arariba são os representantes da Bacia do Pirapama no município.

Rio Jaboatão

A Bacia do Rio Jaboatão é a principal bacia hidrográfica do município de Moreno ocupando a maior parte de seu território. O Rio Jaboatão corta o município de oeste a leste, vindo de Vitória de Santo Antão, passando pelos engenhos Jussara, Jaboatão, Pintos, Pereiras, Morenos e entrando pela sede da cidade até o Engenho Bom Dia, onde deixa o município adentrando em terras de Jaboatão dos Guararapes. Recebe as águas de vários afluentes importantes como o Riacho Una, Riacho Laranjeiras, Riacho Capim-Açu, Riacho Xixaim e Riacho Cachoeira, este último na cidade.

Rio Jaboatão na cidade de Moreno

 Além do Rio Jaboatão, também faz parte da bacia o Rio Duas Unas que nasce em território morenense, próximo à Bonança, às margens da BR 232, junto à antiga LONEX. Segue em direção norte e, depois, leste, onde adentra o município de Jaboatão dos Guararapes já formando a Represa de Duas Unas. Serve de limite entre o município de Moreno e de São Lourenço da Mata, passando pelos engenhos Serraria, Usina N.S Auxiliadora, Fortaleza, Pacoval, Una e Pocinho. Seus principais afluentes em território morenense são os riachos Pacoval e Dois Irmãos.

Rio Duas Unas próximo à sua nascente, no Engenho Serraria

Rio Duas Unas 


O Rio Várzea do Una nasce no município de Vitória de Santo Antão, em terras do Engenho Tamatá-Mirim. Segue em direção leste com traçado retilíneo, paralelo à Br 232, por estar encaixado na falha geológica denominada Lineamento Pernambuco, que corta o estado de leste a oeste. Passa pelo Engenho Queimadas e pelo centro do distrito de Bonança. Após passar pelo Engenho Tapera, segue direção nordeste, deixando o município no Engenho Várzea do Una para, posteriormente, juntar-se ao Tapacurá. Seu principal afluente é o Riacho do Coutinho.

Rio Várzea do Una em Bonança

O Rio Gurjaú é o principal afluente do Rio Pirapama e tem suas nascentes localizadas no Engenho Buscaú, em Moreno. Passa pelo Engenho Brejo onde forma bela queda d'água e depois segue pelos engenhos Cumarú, Gurjaú de Cima, Gurjaú de Baixo e Jacobina. Deixa o município após passar pelo Engenho São Braz, seguindo em direção ao Rio Pirapama, no município do Cabo de Santo Agostinho. Seus principais afluentes em território de Moreno são o Riacho das Moças, Riacho Cumarú, Riacho Javunda, Riacho Caraúna e Arroio Canzanza.

Rio Gurjaú no Engenho Gurjaú de Baixo

Cachoeira do Engenho Brejo no Rio Gurjaú


O Riacho Arariba, também chamado de Rios dos Macacos, nasce próximo ao Povoado de Massaranduba, zona rural de Moreno. Passa pelo Engenho Furnas onde se encaixa em um espetacular vale em "V" formado por uma extensa falha geológica que segue a direção NNE-SSE. Segue pela mesma falha até o Engenho Arariba do Pimentel, já em município do Cabo. Outro importante afluente do Rio Pirapama é o Rio Cajabussu, que nasce em terras do Engenho Buscaú (próximo à nascente do Rio Gurjaú) e adentra no Engenho Contra-açude, também encaixado numa falha geológica com direção N-S. Depois segue ao Engenho Cajabussu, já no município do Cabo.

Vale do Rio Arariba - Capim Canela

A importância dos rios e seus afluentes para o município consiste no fato que grande parte de seu território está incluído nas Áreas de Proteção dos Mananciais. Os rios Duas Unas, Várzea do Una e Gurjaú são fontes de abastecimento importantes para toda a Região Metropolitana do Recife, incluindo-se aí nessa lista também o Rio Jaboatão que também abastece Bonança e Vitória de Santo Antão e que terá essa função ampliada com a construção da Barragem do Engenho Pereiras. Daí a necessidade de proteção aos mananciais tão importantes para a população, mas nem sempre respeitada com o lançamento dos esgotos domésticos, de resíduos industriais e de agrotóxicos agrícolas. Fora o desmatamento das margens e encostas para o plantio da cana-de-açúcar ou para construção irregulares. Por isso, é preciso que o poder público atue na defesa dos mananciais através da Educação Ambiental com a população, da fiscalização e punição aos infratores da lei.

Recipiente de agrotóxico jogada às margens do Rio Duas Unas em Serraria

terça-feira, 29 de maio de 2012

Capelas de Engenhos de Moreno

Por James Davidson

Antiga Capela do Engenho Catende - destruída

Os engenhos do município de Moreno ainda conservam muito de seus antigos edifícios. Se comparado com os engenhos de outros municípios como Jaboatão dos Guararapes, os engenhos de Moreno encontram-se mais preservados. Muitos ainda mantém suas casas-grandes, fábricas, senzalas e capelas. E entre os elementos que se destacam, entre aqueles que se preservam, estão as capelas de engenho.

Foto do Engenho Gurjaú de Cima mostrando sua antiga Capela de São Miguel  - hoje destruída

As capelas era o centro da vida social do engenho. Local de encontro sociais nas festas religiosas, casamentos, batizados, etc. Sem falar das missas realizadas durante o início da moagem, durante a festa conhecida como "botada", quando então eram benzidas as moendas antes a moagem da primeira safra. Era a principal festividade que acontecia nos engenhos.

Capela do Engenho Pocinho

Geralmente os engenhos mais importantes sempre possuíam capelas. Já os engenhos menores às vezes contavam apenas com simples oratórios, situados em algum cômodo interno da casa-grande. É o caso, por exemplo, da casa-grande do Engenho Pintos que ainda conta com um oratório interno. Algumas capelas de engenhos foram destruídas por falta de conservação de seus senhores, mas algumas resistem aos infortúnios do tempo e mantém-se em pé marcando a paisagem da zona rural. Os Engenhos que ainda conservam suas capelas no município são os seguintes: Pocinho, Morenos, São Braz, Una e Queimadas.

Capela do Engenho Una

O Engenho Pocinho, situado próximo à Br 232, Estrada para Matriz da Luz, possui além da casa-grande, uma capela datada de 1840. Missas e retiros ainda são realizados no local. Próximo dali, o Engenho Una que também mantém sua capela de engenho, cuja data de construção é incerta. A capela do Engenho Pocinho é de invocação de São Vicente Férrer, enquanto a do Engenho Una sob invocação de N.S da Luz.


Capela do Engenho Morenos

A capela do Engenho Moreno ou Morenos, sob a invocação de N.S Auxiliadora, fica situada no alto de uma colina, às margens do BR 232. Provavelmente deve ter sido construída e reconstruída desde o período colonial, mas conseguindo manter-se até hoje sob o zelo dos proprietários. Não é o caso da Capela de São Braz, também pertencente ao município de Moreno e que se encontra abandonada e em ruínas. O Engenho São Braz é um dos mais antigos engenhos do município e sua capela, construída em estilo barroco, é de meados do século XVIII.

Capela do Engenho São Braz

Há ainda a Capela do Engenho Queimadas, situada em Bonança. Este engenho servia de limite entre o município de Moreno e Vitória de Santo Antão e conta com um antigo cemitério à direita de sua capela. A capela encontra-se em ruínas e sua invocação era N.S da Luz.

Capela do Engenho Queimadas

Alguns engenhos tinham suas capelas há até bem pouco tempo atrás. É o caso do Engenho Gurjaú de Cima, com sua capela dedicada a São Miguel, que caiu na década de 1990 pelas intempéries ambientais. Já a Capela do Engenho Catende, datada de 1745, foi destruída para a construção da Escola Dom Jaime Câmara.

Ruínas da Capela de São Miguel - Engenho Gurjaú de Cima

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Cachoeiras de Moreno

Por James Davidson


Moreno é um município que conta com um grande potencial turístico ainda muito pouco aproveitado. São muitos os atrativos espalhados por todo o município e que são, de uma forma geral, bem pouco conhecidos. Entre estes, as cachoeiras são destaque por sua imensa beleza, pela pureza de suas águas e pelo isolamento e distância que as mantém ainda muito bem preservadas.



Duas são as principais cachoeiras do município de Moreno. Existem outras menores, mas estas duas merecem ser conhecidas: a Cachoeira do Engenho Brejo e a Cachoeira do Engenho Seva.


A cachoeira do Engenho Brejo fica localizada próxima à antiga sede do referido engenho. Situada numa área de difícil acesso, com ladeiras sinuosas e curvas íngremes, está cercada por uma parcela de Mata Atlântica relativamente bem preservada. O Rio Gurjaú, cuja nascente verdadeira fica no Engenho Buscaú próximo às Torres, forma a imensa queda d'água que parece possuir quase uns dez metros de altura. Esta cachoeira é citada por Sebastião Honorato, autor do século XIX, que dizia que o Rio Gurjaú "precipitava-se sobre umas cascatas". É realmente muito bonita, mas a área não está mais recebendo visitas, infelizmente.



A outra cachoeira de destaque é a existente no Engenho Seva, próximo ao Povoado de Massaranduba. Seva é um dos últimos engenhos do município de Moreno e o único que conserva sua histórica Roda D'água. A cachoeira é acessada por uma bela trilha dentro da Mata Atlântica que dá um charme a mais no atrativo. Formada pelas águas do Riacho Laranjeiras, um dos afluentes do Rio Jaboatão, a cachoeira apresenta-se bem aconchegante no meio da mata. Apesar de menor que a cachoeira do Engenho Brejo, parece ser mais acolhedora e segura. O Engenho Seva chegou a tentar por em prática um projeto de visitação turística, mas que não foi posto para frente. É uma pena porque o local tem realmente um potencial enorme!


Matéria sobre o Engenho Pintos

Por James Davidson

Após a realização da audiência pública sobre a Barragem do Engenho Pereiras em Moreno, o Jc fez a seguinte matéria e vídeo abaixo:

Disponível em:http://jconline.ne10.uol.com.br/canal/cidades/noticia/2012/03/20/parte-de-moreno-sera-inundada-para-evitar-cheias-futuras-36387.php


Parte de Moreno será inundada para evitar cheias futuras

Estrutura será construída no Rio Jaboatão e vai inundar entorno da casa-grande do Engenho Pintos. Compesa promete fim da falta d'água na área sul da RMR


Às margens do Rio Jaboatão, em Moreno, a área no entorno da casa-grande do Engenho Pintos, distante 16 quilômetros do Centro, será inundada com a construção de uma barragem. O objetivo da estrutura é acabar definitivamente com as cheias que costumam afetar o município e parte de cidades vizinhas como Jaboatão dos Guararapes, Grande Recife, e Vitória de Santo Antão, Zona da Mata.
O empreendimento terá como responsável a Compesa, que também promete acabar com problemas de falta d'á-gua na região. Apesar de o projeto prever apenas a inundação do Engenho Pintos, a nova barragem ganhará o nome do Engenho Pereira, que fica ao lado do espaço destinado ao reservatório.
Além de destruir o que restou da estrutura do engenho secular, o empreendimento atingirá terras de um assentamento rural que abriga 400 famílias. São pessoas que conquistaram o direito de viver por lá, há 15 anos, e outras que receberam moradias por herança. Para quem depende da terra para tirar o sustento, a notícia da construção da barragem chegou de repente e assustou.

"É como uma bomba que vai cair nas nossas cabeças. A gente escuta falar nessa obra há muito tempo, mas todo mundo acreditava que era boato. Víamos os pesquisadores entrarem nas terras, mas ninguém nunca chegou para explicar o que ia acontecer no engenho", afirma a agricultora Edna Maria da Silva, 44 anos, uma das responsáveis pela Associação dos Parceleiros do Assentamento Herbert de Souza.

O território do Engenho Pintos é dividido em 147 lotes, administrados por pequenos agricultores. Muitos começaram a ocupar os terrenos com lonas. Atualmente, cada um tem seu espaço e todos plantam nas áreas comuns. Nem todas as casas do assentamento vão ser inundadas, mas quem vai ter que mudar de endereço teme o difícil recomeço.
"Trabalhar a terra do zero, encontrar um lugar tão bom para plantar, com um rio maravilhoso como o que temos aqui do lado de casa vai ser muito difícil. Todo mundo aqui é apegado a essas terras, ver acabar tudo é cruel", diz a agricultora Betânia Francisca da Silva, 37. A família de Cleide Josefa dos Santos, 46, foi criada no engenho e não pensa em outro lugar para morar. "É o nosso paraíso. A gente planta de tudo e é muito tranquilo", conta.
Caberá à Compesa recompensar as famílias pela destruição de suas casas. "Cada morador vai ter o direito de escolher se prefere ser indenizado ou reassentado. O valor da indenização e os detalhes dessa negociação ainda serão acertados", disse o diretor regional metropolitano da Compesa, Rômulo Aurélio de Melo, durante audiência pública ocorrida na última quinta-feira no Centro de Moreno.

Na ocasião, foi apresentado à população o Relatório de Impacto Ambiental (Rima) da barragem, desenvolvido pelo Instituto de Tecnologia de Pernambuco (Itep). De acordo com a coordenadora técnica da instituição, a geógrafa Edvânia Torres Aguiar Gomes, uma das ações de redução de impacto ambiental que deverá ser posta em prática pela Compesa é o replantio das espécies encontradas na área a ser inundada.

Os animais identificados no engenho deverão ser encaminhados para outros territórios e os peixes tenderão a buscar outras áreas quando perceberem a mudança no meio, que acontecerá gradualmente. O Rima da Barragem do Engenho Pereira está disponível no site da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH). Ainda não há previsão de data para o início das obras.

domingo, 4 de março de 2012

Audiência pública sobre Barragem no Rio Jaboatão será dia 15/03

Por James Davidson



A CPRH, Companhia Pernambucana de Recursos Hídricos estará realizando uma audiência pública para discutir a construção da Barragem do Rio Jaboatão no Engenho Pereiras, em Moreno.  O evento será realizado no dia 15 de março no Sociète Esporte Clube, próximo a Praça da Bandeira, no centro de Moreno, às 9:30 hs. Talvez o evento conte com a participação e a presença do Governador do estado Eduardo Campos.

A obra será construída nas terras do antigo Engenho Pereiras e tem como finalidade principal conter as enchentes do Rio Jaboatão. Além disso, pretende fornecer água para a cidade de Moreno e para Bonança, diminuindo o racionamento nessas localidades. O estudo de Impacto ambiental será apresentado e os questionamentos da população deverão ser respondidos.

Infelizmente, o autor deste blog estará de viagem nesse dia, não podendo comparecer. Porém, venho através deste convocar a todos os jaboatonenses e morenenses a participarem do evento. Sugiro alguns questionamentos que julgo importantes para o evento:

1- Qual o destino da população da área que vai ser inundada?
2- Se forem indenizados, qual o valor? É um valor justo?
3- O Engenho Pintos, com seu antigo sítio histórico, vai ser inundado, o que pode ser feito para salvar o patrimônio?
4- Jaboatão Centro não usufrui da água da Represa de Duas Unas, também será excluído da água dessa nova represa?
5- Será feito algum estudo arqueológico na região?

Acredito que essas questões poderão ser resolvidas e esclarecidas durante o evento. Mas pra isso é preciso que a população participe, esteja por dentro do projeto e discuta estes e outros itens. O exercício da verdadeira cidadania exige a participação da comunidade diretamente atingida.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Capela do Engenho Catende

Por James Davidson
A primitiva Capela do Engenho Catende

Quem visita a atual Matriz de N.S da Conceição em Moreno muita vezes não imagina que aquele templo não foi o primeiro construído na cidade. Antes, próximo dali, onde atualmente se encontra a Escola Estadual Dom Jaime Câmara, existia no cimo do morro o que seria hoje um dos mais antigos edifícios do município - A Capela do Engenho Catende. Construída em 1745, foi edificada por ordem do Capitão-mor de ordenanças da Freguesia de Santo Amaro de Jaboatão - Domingos Bezerra Cavalcanti.

Sob a invocação de São Sebastião, a capela serviu de matriz até 1930, quando foi substituída pela atual Matriz da Conceição. Em 1973, porém, veio a destruição. Para realizar a construção da atual escola, e de acordo com o ex-prefeito João Carneiro da Cunha, com o apoio do engenheiro Airton Almeida Carvalho, diretor regional do IPHAN, demoliram a velha igreja. E assim, parte da história da cidade desapareceu junto com ela.

A antiga Capela do Engenho Catende é só um dos vários capítulos de destruição do patrimônio em Pernambuco. Muito poderia ser preservado se nosso país soubesse conciliar as necessidades do presente com os remanescentes do passado. Porém, parece que nós brasileiros não conhecemos nem valorizamos ainda o valor de nossa própria cultura.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Engenho que inspirou romance em Moreno

Por James Davidson


Um fato que poucos morenenses conhecem: um engenho do município serviu de inspiração para um romance.  Foi o Engenho Floresta situado na zona rural de Moreno. É o que conta Hilton Sette filho do famoso escritor pernambucano Mário Sette, autor de vários livros. Segundo ele, foi ao visitar o Engenho Floresta, durante o início do século XX, que o autor despertou o desejo de escrever o romance Senhora de Engenho. Ali, ao contemplar a paisagem bucólica da vida campestre, o autor encontrou a inspiração que levou ao enredo do romance.


Na época, o Engenho Floresta pertencia à Elise de Souza Leão, casado com um parente do autor. A casa-grande ainda preserva a escada de pedra que dá acesso ao terraço vislumbrada por ele. Hoje o engenho é uma fazenda de gado e já não conta mais com tantos moradores como na época de sua visita, porém ainda mantém muito daqueles "locus amoenus" que Mário Sette encontrou.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Uma imagem para refletir


O que precisamos para ter uma sociedade melhor? O que precisamos para ter um Brasil diferente? Bilhões e bilhões são gastos (e desviados) para tantas coisas, mas esquecem do mais importante: educação! Somente através dela poderemos ter uma sociedade mais justa e que ofereça oportunidades para todos. Por isso, neste anos de 2012, não nos iludamos com com promessas, migalhas ou obras políticas, mas vamos lutar para fazer um Moreno e um Jaboatão dos Guararapes melhor! Todos pela educação!

Imagem fornecida por Gerson Vicente do Núcleo dos Educacionistas de Jaboatão.